Universidade Federal do Ceará - UFC
Especialização em Atendimento Educacional Especializado - AEE
Tutora: Ana Lúcia Bento de Lemos Oliveira
Turma: Natal T10b
Cursista: Josefa Kallyne de Medeiros Pinho
Texto: "O modelo dos modelos"
Diante da leitura do texto: O modelos dos modelos do autor Italo Calvino, vemos neste a metódica ordem do senhor Palomar que fazia sempre tudo da mesma forma com um modelo preestabelecido, sobretudo vimos então depois que o mesmo foi adequando estes modelos as suas realidades.
No que concerne o Atendimento Educacional Especializado - AEE, também observamos tal fato, pois partimos de um modelo pronto, mas que de acordo com a deficiência apresentada vai modificando-se e que por sua vez de acordo com as habilidades e necessidades do indivíduo em específico, torna-se a sofrer mudanças.
Contudo, devemos ser capazes, como professores do AEE, de escolher "este" ou "aquele" recurso que mais se adapta a real necessidade daquele indivíduo.
Eu sou um intelectual que não tem medo de ser amoroso, eu amo as gentes e amo o mundo. E é porque amo as pessoas e amo o mundo, que eu brigo para que a justiça social se implante antes da caridade. Paulo Freire
domingo, 6 de julho de 2014
quarta-feira, 4 de junho de 2014
Recursos e Estratégias em Baixa Tecnologia – Comunicação Alternativa
O que é a comunicação alternativa?
A área da tecnologia assistiva que se destina especificamente à ampliação de habilidades de comunicação é denominada de Comunicação Alternativa (CA).
A CA pode acontecer sem auxílios externos e, neste caso, ela valoriza a expressão do sujeito, a partir de outros canais de comunicação diferentes da fala: gestos, sons, expressões faciais e corporais podem ser utilizados e identificados socialmente para manifestar desejos, necessidades, opiniões, posicionamentos, tais como: sim, não, olá, tchau, banheiro, estou bem, sinto dor, quero (determinada coisa para a qual estou apontando), estou com fome e outros conteúdos de comunicação necessários no cotidiano.
E com o objetivo de ampliar o vocabulário dessas pessoas expomos aqui
o recurso de baixa tecnologia que são os cartões
de comunicação – os mesmos são constituídos de imagens que representam
mensagens, são organizados por categorias e cada categoria é representada por
uma cor de moldura diferente como: cor de rosa são os cumprimentos e demais
expressões sociais, (visualiza-se o símbolo "tchau"); amarelo são os
sujeitos, (visualiza-se o símbolo "mãe"); verde são os verbos
(visualiza-se o símbolo "desenhar") ; laranja são os substantivos
(visualiza-se o símbolo "perna"), azuis são os adjetivos
(visualiza-se o símbolo "gostoso") e branco são símbolos diversos que
não se enquadram nas categorias anteriormente citadas (visualiza-se o símbolo
"fora").
Este é um recurso simples de baixa tecnologia fácil de ser
construído e pode ser utilizado nos diversos locais da escola como na
biblioteca, na sala de recursos, na sala de aula comum, ou seja em qualquer
lugar. O recurso destina-se a indivíduos sem fala
ou sem escrita funcional ou em defasagem entre sua necessidade comunicativa e
sua habilidade de falar e/ou escrever.
Na sala de recursos multifuncionais o professor de
AEE, poderá pedir ao auno que conte situações vivenciadas por ele em seu
cotidiano, afim de familiarizar o aluno com os cartões de comunicação.
Fonte: http://www.assistiva.com.br/ca.html
quarta-feira, 23 de abril de 2014
Surdocegueira e Deficiência Múltipla - DMU
Informativo – Surdocegueira –
Deficiência Múltipla (DMU)
Diferenciando:
A
surdocegueira é uma terminologia adotada mundialmente para se referir a pessoas
que tem perdas visuais e auditivas concomitantes em graus diferentes, podendo
ser:
a)
Surdocego total:
ausência total de visão e audição.
b)
Surdocego com surdez profunda
associada com resíduo visual: ausência de percepção da fala mesmo com aparelho
de amplificação sonora individual, com resíduo visual que permite orientar-se
pela luz, facilitando a mobilidade e com apoio de alto contraste é possível ter
percepção de objetos, pessoas e escrita ou símbolos.
c)
Surdocego com surdez
moderada associada com resíduo visual: dificuldade para compreender a fala em
voz normal e sua percepção visual à luz permite mobilidade e com apoio de alto
contraste é possível ter percepção de objetos, pessoas e escrita ou símbolos.
d)
Surdocego com surdez
moderada ou leve com cegueira: dificuldade auditiva para compreender a fala em
voz normal ou baixa é necessário falar mais próximo ao ouvido e tom mais alto
(fala ampliada), total ausência de visão, sem percepção de luminosidade ou
vulto.
e)
Surdocego com perdas
leves, tanto auditivas quanto visuais: dificuldade para compreender a fala em
voz baixa e seu resíduo visual possibilita que defina e perceba volumes, cores
e leitura em tinta ampliada.
Deficiência múltipla:
No Brasil a deficiência múltipla é
considerada como uma associação de duas deficiências ou mais.
Como pode ocorrer a Deficiência Múltipla no Brasil:
Física e Psíquica
·
Deficiência física
associada à Deficiência Intelectual.
·
Deficiência Física
associada a Transtornos Globais do Desenvolvimento.
Sensorial e
Psíquica
·
Deficiência Auditiva/Surdez associada à Deficiência Intelectual.
·
Deficiência Visual associada à Deficiência Intelectual.
·
Deficiência Auditiva/Surdez associada a Transtornos Globais do
Desenvolvimento.
·
Deficiência Visual associada a
Transtornos Globais do Desenvolvimento.
Sensorial e Física
·
Deficiência Auditiva/Surdez associada à Deficiência Física.
·
Deficiência Auditiva/Surdez associada à Paralisia Cerebral.
·
Deficiência Visual (cegueira ou baixa visão) associada à Deficiência
Física.
·
Deficiência Visual (cegueira ou baixa visão) associada à Paralisia
Cerebral.
Física, Psíquica e
Sensorial
·
Deficiência física associada à deficiência visual (cegueira ou baixa
visão) e a Deficiência Intelectual.
·
Deficiência física associada à Deficiência Auditiva/Surdez e a
Deficiência Intelectual.
·
Deficiência visual (Cegueira e ou baixa visão), paralisia cerebral e
Deficiência Intelectual.
Estratégias de ensino
para pessoas surdocegas e/ou com deficiência múltipla:
Caixa de antecipação
ü
qualquer objeto que
permita guardar os objetos de referências de pessoas, ações, locais que começam
a ter significado para a criança.
Objetos de Referência
ü
São objetos que têm
significados especiais associados a eles, pois servem para comunicar sobre
diversas situações.
ü
Eles tem a função
de substituir a palavra, assim podem representar pessoas, objetos, lugares,
atividades ou conceitos.
ü
Possibilitam um
distanciamento espacial ex: um outro ambiente e ou distanciamento temporal:ex:
passado ou futuro (função antecipação).
Referências:
Maia, Shirley Rodrigues. Aspectos Importantes para saber sobre Surdocegueira Deficiência Múltipla,
São Pauo (2011).
segunda-feira, 24 de março de 2014
Texto acerca das práticas pedagógicas para pessoas com surdez
Práticas pedagógicas no ensino de
pessoas com surdez
O texto aborda a questão dos
gestualistas e dos oralistas e o embate que vem sendo travado há séculos sobre
essas duas tendências. O mesmo também nos mostra que esse empasse em nada
contribuiu na aprendizagem de pessoas com surdez o que as fizeram ficar mais
excluídas e segregadas em guetos.
A nova política de ensino no Brasil nos
últimos anos, vem abordando questões que visam uma perspectiva de inclusão de
todos os alunos no espaço escolar. No entanto o que se busca é que novos
métodos mais consistentes sejam abordados no trabalho de ensino e aprendizagem
com alunos com surdez.
O que ainda se faz presente nesse texto
é o combate da comunidade surda, ou seja a guetificação das pessoas com surdez
e consequentemente uma suposta opressão dos ouvintes, denominada aqui como
classe dominadora, sobretudo o que se pode refletir é que uma escola comum
inclusiva não se constroem com a separação de deficientes e não deficientes, a
mesma pode e deve ser construída na interação e convivência de uns com os
outros dentro de suas limitações e diferenças.
Por isso, o dificuldade de aprendizagem
desses alunos não deve apenas ficar pautada na utilização desse ou daquele
método, mas deve-se avaliar a qualidade das práticas pedagógicas utilizadas no
processo. Dentro dessa nova perspectiva torna-se necessário observar esse aluno
não apenas como uma parte, com uma deficiência e sim como um ser com todo o seu
potencial onde através de estímulos tornem-se sujeitos capazes em todos os seus
aspectos.
Observamos então que a pessoa com surdez
faz uso de um sistema de linguagem, mas que de forma alguma a faz estrangeira
em seu próprio país. No entanto o sujeito bilíngue com proeficiência nas duas
línguas ainda pode parecer um tanto distante da realidade, pois ainda há quem
pense inferiorização de uma língua á outra.
Observando todos esses percalços é que
nos apoiamos no AEE para PS, que estabelece como ponto de partida o potencial
do aluno tendo como objetivo seu desenvolvimento e sua aprendizagem. Nele o
discente deverá compreender eu os conteúdos estão entrelaçados numa rede, na
qual as informações se processem dialogando uns com os outros.
Contudo o que podemos observar de todos
esses aspectos que englobam a questão do ensino e aprendizagem das pessoas com
surdez é que pouco a abordagem adotada ( gestualista ou oralista) é menos
relevante do que as práticas pedagógicas que envolvem todo o processo.
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